Orkut, Twitter, Facebook, etc., etc., A boa e velha briga por audiência de sempre. Internet, bem vinda ao mundo das mídias.
— Sergio Mari Jr. (@sergiomarijr) 21 julho 2009
No livro A Galáxia da Internet, cujo título faz referência ao emblemático A Galáxia de Gutenberg, de Marshall McLuhan, o autor Manuel Castells faz um longo estudo sobre a formação da Cultura da Internet. Para isso ele passa por toda a história da rede, evidenciando os momentos decisivos que marcaram sua evolução desde seus primórdios, nos anos 1960, até sua popularização nos anos 1990.
Castells enumerou três Eras pelas quais a história da internet teria transcorrido:
- Era Militar, nos anos 1960.
- Era Acadêmica, entre os anos 1960 e 1989
- Era Comercial, na década de 1990.
O livro porém, pelo momento em que foi escrito, não dá conta das consequências do estouro da bolha financeira da internet, ocorrido no início dos anos 2000, que parece ter feito surgir uma nova Era em sua história. Alguns a chamaram de Web 2.0, mas para manter a afinidade com a divisão de Castells, gosto de chamá-la de Era Midiática.
Quando escrevi esse tweet acima uma das características fundamentais desse novo momento histórico da rede se desvelava: a disputa pela audiência. Se na Era Militar a razão de ser da internet era a estratégia de defesa, na Era Acadêmica era o desenvolvimento tecnológico e na Era Comercial era a especulação financeira, na Era Midiática a razão de ser da internet passou a ser a conquista da audiência do maior número possível de usuários.
Ficou claro para as empresas e marcas presentes na internet que o que tem valor na rede é a atenção do usuário. Assim como acontece em todas as outras mídias, na internet também passou a ter mais valor aqueles canais que conquistam a atenção de mais usuários por mais tempo.
Em 2009 o Orkut começou a perder audiência no Brasil e a dar lugar para o Facebook e ao Twitter. Por mais interessante que ele fosse, não resistiu à falta de interesse dos usuários e sucumbiu.
Essa passou a ser a dinâmica da internet desde então e acredito que a mesma dinâmica tem valido até hoje: quem tem mais audiência vale mais e tudo o que as marcas têm feito na rede é disputar nossa atenção.