Reflexões 24/01/2012

A capacidade de reajustar como indicativo da saúde financeira

Existem livros e mais livros sobre gestão financeira e orçamentária das organizações Todos eles trazem recomendações e mais recomendações sobre...

Existem livros e mais livros sobre gestão financeira e orçamentária das organizações. Todos eles trazem recomendações e mais recomendações sobre controles financeiros, planilhas e demonstrativos que seriam imprescindíveis para o sucesso das empresas.

Uma preocupação constante dos teóricos da área invariavelmente presente nesses livros diz respeito aos indicadores capazes de demonstrar a saúde financeira das organizações. De fluxo de caixa a DRE, de faturamento Ebitda.

Não descarto nenhum desses controles e nenhum desses indicativos financeiros, porém é preciso fazer uma ressalva. E geral essas teorias dizem respeito a grandes organizações e se aplicam com precisão apenas a um pequeno número de empresas hipertrofiadas, enquanto que a maioria das micro e pequenas empresas vivem carentes de teorias e sistematizações que ajudem seus empreendedores a compreender bem seu negócio.

Nesses casos, ou seja, no dia a dia das pequenas organizações, por mais que se controle cada aspecto de sua vida financeira, as grandes equações não fazem sentido e não dão conta de dar segurança sobre a saúde financeira do negócio. E aí muitas vezes a sensibilidade do empreendedor ou do analista, sem base em qualquer teoria, é a técnica que melhor responderá à necessidade de atestar a segurança econômica da empresa.

Por exemplo, um episódio capaz de dizer muito sobre a solidez de um negócio é o momento em que a empresa decide reajustar seus preços. O que parece uma simples rotina na verdade carrega uma série de informações e evidências importantes sobre o sucesso financeiro. O reajuste de preços pode indicar que:

1) A empresa faz uma boa gestão orçamentária. Saber que os preços precisam ser reajustados indica que a empresa tem ampla autoconsciência. Ela sabe quanto custa para operar e sabe o quanto é capaz de produzir. Consequentemente sabe quanto precisa cobrar para cobrir os custos e gerar o lucros.

2) Os clientes estão devidamente fidelizados. Subir preços é sempre um trauma. Porém o impacto negativo dessa decisão pode se atenuar se os clientes percebem o real valor do produto ou serviço da empresa. Nesse caso, embora gere desconforto momentâneo, a informação sobre o reajuste é rapidamente absorvida e a relação continua sem maiores percalços.

3) Os gestores são arrojados e devidamente engajados na percepção de negócio que faz tanta falta para a maioria dos empreendedores. O gestor de uma pequena empresa tem uma relação quase que intimista com cada clientes. Cada cliente faz parte de história da empresa e há certa cumplicidade com eles. Ter coragem de impor a eles novos preços demonstra que a empresa está preparada para novos saltos.

Entã, para usar o jargão de agora, #ficaadica: quer saber se uma pequena empresa vai bem financeiramente? Acompanhe seu processo de reajuste de preços.

SOBRE

Meu nome é Sergio Mari Jr. e esse é meu blog pessoal.

Sou publicitário e relações públicas especialista em mídias digitais. Sou professor universitário e consultor em marketing digital.

Curso doutorado em Ciência da Informação na Universidade Estadual de Londrina (UEL). Pesquiso as Tecnologias da Informação e Comunicação (TICs) e processos de informação e comunicação nas mídias digitais.

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